quarta-feira, 10 de junho de 2009

JOÃO 9 – UM CEGO DESAFORADO DÁ AULA DE TEOLOGIA

Esse capítulo é extraordinário pelas suas “inovações”. Jesus aqui é tão heterodoxo, tão “estranho” para a nossa visão de "jesus". Gostaria que percebêssemos algumas coisas tão particulares nessa narrativa que poderão nos chamar a atenção.


Jesus caminhava com seus discípulos. Já havia entrado em fortes debates com os “ortodoxos” doutores da lei, fariseus e escribas. Nessa luta o clima pesado havia ficado no ar. No caminho estava um cego, e diferente de outros enfermos, este cego não sabia quem era Jesus e na verdade não estava “nem aí” para as notícias de que um curandeiro estava por ali, pois dificilmente alguém naquela cidade estava desinformado sobre isso.


Jesus passava por ele, e os discípulos, cheio de suas questões judaicas sobre o bem ou mal, lançam uma pergunta para Jesus: Qual o pecado que provocou esse mal? O do seus pais ou o dele mesmo?


Aí entra a primeira desconstrução da ortodoxia:


Jesus não entra em questões sobre a universalidade do mal, a ligação entre pecado e infortúnios. Ele simplesmente afirma a particularidade da vida humana quando ele diz que aquela especifica cegueira era para especificamente nele manifestar a Glória de Deus. Enquanto queremos universalizar, empacotar, sistematizar o que é mal e o que é bem, o que é conseqüência do mal e os frutos da bondade, em Jesus não há essa preocupação. Essa tendência a qual Jesus é contra não é só privilégio do pensamento judeu, mas habita todas as religiões, filosofias e metafísicas existentes.


Mas Jesus apenas fala da particularidade da vida humana. Não adianta entender a lógica do bem ou do mal, algo que está pra além de toda capacidade cognoscitiva humana. O que importa é que cada um possui sua história e dentro dela não há limitação para Deus agir. Porque digo isso? Simplesmente porque na sua individualidade, na sua deficiência, aquele cego seria um sinal de Deus.


Seguindo a narrativa, Jesus quebra mais um paradigma ortodoxo com a espécie de milagre que ele opera no cego. Ele simplesmente passa cuspe com terra nos olhos do indivíduo. Semelhante ao Barro da Criação, ele dá nova vida ao cego, simbolizada na iluminação de seus olhos. Antes de qualquer reação de repúdio ou de nojo, a simbologia desse ato deve saltar aos nossos olhos.


Ele quebra todo o escrúpulo judaico, que cuspia nos marginais e desafortunados como esse homem, e mostra que no desprezo do cuspe religioso ele dá nova vida. Isto é, a nova realidade trazida por Jesus não cabia naquele sistema. Sua nova vida é chamada por ele mesmo de “luz do mundo”, sua nova vida é Ele mesmo, pois Ele é a luz do mundo.


O homem vai e se lava no Tanque de Siloé (tanque do enviado), em mais um sinal de que Ele é o enviado que aquele tanque e aquele povo tanto esperavam. Lá o homem é curado, e volta a ver.


Seus vizinhos o vêem são e perguntam: Tu não és aquele cego de nascença que mendiga nas calcadas? Como agora está vendo? Na sua imensa tranqüilidade e paz (parece até que o homem tá adormecido, que não percebeu o que lhe aconteceu. O cara não vibra, não louva, não pula de alegria, o texto não mostra uma reação de jubilo por parte do homem curado, na verdade ele nem sabe quem lhe curou, pois ele não o viu) ele responde que foi homem chamado Jesus, fez lama (sem saber ele que foi cuspido, rsrsrsrs) e aplicou-me nos olhos, mandando em seguida que eu me lavasse no tanque de Siloé.


Nessa estranha apatia ele narra o milagre, os seus ouvintes, entusiasmados, quiseram logo saber onde esse Jesus estava. O ex-cego responde com mais descaso ainda: não sei.


Interessante a reação desse homem, ele parece não está “nem aí”; ele quer apenas viver essa nova vida, essa nova condição, sem querer explicá-la ou detalhá-la.


Quem vive com Deus uma relação que visa mais o entender, o investigar, o sistematizar e o explicar tudo, não faz de Deus o seu Senhor, mas a sua Enciclopédia do Infinito Conhecimento. Ele não quer saber, ele quer viver. Deus quer que vivamos, e muitas vezes isso implica não saber, mas sim crer.


Esse homem que não quer saber de nada, e sim de viver sua nova condição; é levado para ser interrogado por aqueles que não querem viver, mas de tudo saber. Esses são os Fariseus, detentores da ortodoxia, e por isso mesmo, são os Cegos dos Cegos.


Quem olha o mundo com visões pré-concebidas (ortodoxas) simplesmente é cego, e não percebe a luz de Deus.


Os caras questionam, o ex-cego explica, mas eles não entendem, porque o funil teológico-filosófico deles não aceita o simples fato de Deus ter curado num dia em que Ele, Deus, não podia curar.


A ortodoxia pode transformar Deus em nosso pior adversário!


O cego, que não sabe de nada, mas já vive a nova vida, apenas diz o que Jesus era pra ele: um profeta, pois essa era a maior honraria que ele conhecia para poder nomear aquele homem misterioso, que tem o impressionante talento de desestruturar os edifícios intelectuais nos quais nos refugiamos.


Para investigação ficar completa, chama-se os pais do cego para conferir o tal milagre. Para os detentores da verdade, não bastava o testemunho daqueles que conviviam, tinha que ter a assinatura dos pais. Os pais estavam trêmulos como “vara verde”, com medo dos detentores da verdade...


...Pois os detentores da verdade são impiedosos com os simples, com os ignorantes e com aqueles que apenas vivem sem nada saber.


Eles, na sua covardia, jogam a “batata quente” para o filho, que já era adulto o bastante para dar conta de si mesmo, e tudo isso pelo simples fato de que mesmo com esse sinal no próprio filho, eles não queriam abandonar a segurança da sinagoga (as asas protetoras dos que são ortodoxos).


Mas o filho, que nada saiba, e que não tava “nem aí”, não possui esse medo, pois não havia mais proteção ortodoxa nenhuma que explicasse sua nova condição. Ele volta chateado, pois está cansado daquele enfadonho e infrutífero debate acerca da verdade, do bem e do mal e sobre Deus. Ele quer apenas viver aquilo que Deus já tinha dado a ele.


Na sua chateação ele se mostra desaforado com os ortodoxos, que são a própria personalização da “verdade”.


Até porque têm “verdades” que cansam!

Ele diz: olha só, não sei se esse cara que me curou é um pecador (leia-se aqui herege, heterodoxo, e não imoral ou amoral). Só sei de mim, do que ele fez comigo, do que eu sou hoje por causa dele. Essa é a única verdade que tenho pra vocês. Já falei como tudo aconteceu e vocês querem que eu repita novamente; to achando que vocês querem se “debandar” pro lado desse homem.


Ele diz isso num tom fortemente irônico, e isso diante de “grandes autoridades”, diante dos Paladinos da sã doutrina.


Irados, os que são detentores da “verdade”, mas que não podem provar suas acusações, apenas rebatem com ofensas, chamando o pobre e ignorante cego de gentio (ou seja, não mais discípulo de Moisés). Mas bem da verdade, aquele homem nunca foi mesmo discípulo de “Moisés”, porque o “Moisés dos ortodoxos” não aceita os humildes, os enfermos, os ignorantes, e aqueles que apenas vivem na Graça de Deus.


Olha só os versículos 29 e 30, e perceba o nível de verdade e desaforo que habita no cego:


Sabemos que Deus falou a Moisés; mas este nem sabemos de onde é. Respondeu-lhes o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais de onde ele é, e, contudo, me abriu os olhos!


E ele continua de forma espetacular, a qual eu me dou à liberdade de parafrasear, nas partes em negrito:


Sabemos (isso graças ao que vocês nos ensinam na sinagoga) que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende (ou seja, como podem acusar que este homem é pecador com tamanha prova!?). Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença (principalmente um endemoninhado herege, como vocês classificam este homem). (Sendo assim) Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito (e eu não sou nem um doutor da lei, como vocês, mas tenho certeza disso, porque vi a Deus, apesar de ainda cego, na presença daquele homem. Portanto, qual é ainda a duvida de vocês?).


Pense num cego “arretado”! Jesus disse que ele era um sinal da manifestação de Deus, mas não pela simples cura da sua cegueira física. Ele era o sinal visível da nova vida de Deus, ele era o espelho da cegueira ortodoxa. Ele era o louco de Deus que confunde os sábios do mundo. Ele era nova aliança de um Deus que quer viver com o homem, e não ser um simples dado intelectual frio e imutável.


O cego é o sinal de um Deus que confunde, para que não venhamos saber, mas simplesmente crer Nele.


Por isso que o cego não queria saber de nada, porque aquilo era irracional. Não havia lógica humana que explicasse tamanha intervenção de Deus sobre um homem que nem mesmo pediu para ser curado. Aquilo era algo pra ser crido e reverenciado como simples intervenção de Deus no “curso natural das coisas”.


Mas mesmo assim, na arrogância ortodoxa, ele foi simplesmente expulso da sinagoga. Acusado de ser um pecador por crer naquilo que a instituição ortodoxa não vê.


Até mesmo na sua expulsão há um sinal de Deus. Pois Jesus, sabendo do que havia acontecido ao cego, vai ao seu encontro para trazê-lo a luz. Jesus veio para essas ovelhas perdidas.


Aqui o texto não fala nada, mas eu particularmente acredito que Jesus fez daquele homem um dos seus seguidores. Ele traz luz ao entendimento do cego. Ele vai ao encontro dele para que ele saiba em que ele tem crido desde aquele momento.


Todas as trevas são dissipadas em Cristo. Só não a do cego que não quer vê.


“Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? (ou seja, eu já creio que foi Deus que fez isso comigo, mas através de quem? Quero crer em quem fez isso comigo) E Jesus lhe disse: Já o tens visto (Tu já me viu desde que aceitou que eu te colocasse barro nos olhos e com fé fostes ao tanque que te ordenei para lavar, a partir daí tu tens me visto, muito mais do que os que nunca foram cegos), e é o que fala contigo. Então, exclamou ele: Creio, Senhor; e o adorou com o rosto em Terra”. (vs. 35-38)


Gostaria de finalizar essas minhas loucas meditações com as palavras do Mestre, pois elas resumem tudo de forma extraordinária e muito melhor do que o meu muito falar. Eis aí o misterioso sinal que significava a cegueira daquele homem:


“Então disse Jesus: Para um discernimento é que vim para este mundo: para os que não vêem, vejam, e os que vêem, tornem-se cegos. Alguns fariseus, que se achavam com ele, ouviram isso e lhe disseram: ‘Acaso também nós somos cegos?’ Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas dizeis: ‘Nós vemos!’ (somos os detentores da verdade!) Vosso pecado permanece”.(vs 39-41, Bíblia de Jerusalém)

Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça! Mas apenas ouça, e deixe a verdade te encher, do jeito que ela é: Mistério!

Glórias Te dou Senhor!



Jorge Luiz



Texto dedicado a todos os “cegos” segundo o mundo, mas lúcidos e cheios de luz segundo Cristo!


(Texto escrito em maio de 2008)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O AMOR DE DEUS É MATERNO

Um dia desses ouvi minha esposa conversando com uma amiga que recentemente deu a luz seu primeiro filho. Ela disse algo que achei interessante:

- Olha Paula! Eu descobri o que é o verdadeiro amor através da maternidade.

Imediatamente me lembrei de Deus, e de como não conseguimos entender seu amor. Aquela mulher conseguia perceber que o amor humano pode chegar a níveis que não sabemos; agora imagine como é o amor de Deus?

Por mais que eu queira compreender, o amor de Deus está além de todo entendimento. Porém, quando pensamos no amor divino, o fazemos de forma tão abstrata; sem alma, sem substância e sem consistência, que não conseguimos percebê-lo ou mesmo senti-lo como é devido. Por mais que eu não consiga alcançar a totalidade do amor de Deus, preciso ter alguma referência que me faça viver segundo esse amor.

Após ouvir essa frase fiquei com uma leve suspeita de que o amor de Deus é materno. Se uma mãe não deseja o mal de um filho, imagine Deus? Se um pai dá tudo que tem por um filho, imagine Deus? “Se um filho que pede pão aos pais não recebe em troca uma serpente”, imagine Deus?

Há tempos que já ouvia que amor de mãe é único, e o amor de Deus também. Então, que Deus seja nossa mãe.

Jorge Luiz

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A ressurreição não nega o luto

Estou de luto pela morte prematura do meu irmão. Um jovem de 24 anos que foi vitimado por um derrame cerebral, algo absurdo.

A dor da morte e da perda de um ente tão próximo causa uma sensação estranha em cada um de nós. Vejo minha mãe e sinto que ela não será mais a mesma, como se com meu irmão também tivesse morrido um grande pedaço dela.

Porém, o que mais me horrorizou, além do impacto do falecimento de meu irmão, é o comportamento das pessoas em torno de uma família em luto. Um velório tem a capacidade intrigante de revelar a atitude das pessoas diante da morte.

Me senti na pele de Jó, enlutado, ferido, cansado e tendo que ouvir as mais tristes explicações para o motivo daquela morte.

- "Deus quis assim! Era da vontade de Deus!"
- "Não vamos ficar tristes! O Eudes não quer ver ninguém assim!"

Já chegou inúmeras mensagens do céu informando a atual situação do meu irmão no "plano espiritual" onde ele está. Todas essas mensagens enviadas por pseudo-videntes tentam consolar acerca de algo que é inconsolável: a dor da morte, a saudade da ausência, a frustração de saber que ele ainda tinha muito que viver.

Diante do mistério da morte prefiro me calar e chorar. Prefiro sentir a dor, assumir o luto e lamentar. A esperança na salvação, na vida após a morte e na ressurreição não elimina ou proíbe o luto. É Impressionante o texto de João 11, quando Jesus ressuscita Lázaro. O texto diz que antes de ressuscitá-lo, Jesus chorou com Marta e Maria, sofreu diante da morte do amigo e não tentou explicar porque Lázaro morreu, apenas anunciou que diante de toda dor ainda podemos crer que a morte não é o fim de tudo. A morte é inexplicável, mas a ressurreição é clara para os que tem fé.

Copiemos Jesus quando estivermos diante da dor da morte. Se não souber o que dizer, se cale e chore com os que choram.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Caçador da Vida

Confesso que não li o livro “O caçador de Pipas” por um preconceito de que best-sellers geralmente não são livros bons (pelo menos para maioria dos autores essa idéia realmente funciona). No entanto assisti ao filme, e agora quero muito ler o livro.

Não desejo aqui comentar as muitas reflexões que a história desse livro pode suscitar, nem mesmo fazer um resumo comentado do filme. Porém, gostaria apenas de comentar uma cena (das várias) que me incomodou.

O personagem principal, Amir Jan, chega até um orfanato em Cabul, capital do Afeganistão dominada pelos Talibãs (grupo político-religioso formado por radicais islâmicos), a procura do sobrinho que teve sua família morta. Ao encontrar o chefe do orfanato, este lhe diz que entregou seu sobrinho a um dos chefes radicais Talibãs que é um pedófilo e abusador de crianças. Amir Jan se revolta e acusa o dono do orfanato de não cumprir o seu dever em proteger aquelas crianças. É justamente na resposta do dono do orfanato que reside à grandeza dessa cena. Não saberia agora reproduzir literalmente sua fala, mas seria mais ou menos assim:

­- Esse homem me dá dinheiro, mesmo que pouco, para levar uma criança. Se eu não entregar uma criança, ele então leva dez. Vendi todos os meus bens para fazer esse orfanato, tenho família no Paquistão, mas escolhi viver nesse inferno para ajudar essas crianças. Todo o misero dinheiro que recebo pela “venda” da criança, é usado para comprar comida para as restantes, não fico com nada para mim. Sacrifico uma em favor das outras. E que Deus me julgue caso esteja errado.

O que dizer diante de uma frase como essa? Qual postura poderia ser melhor do que o mais constrangedor silêncio? Todas as estruturas morais, todos os “princípios”, toda noção de “certo e errado” perde-se quando o “bem” está em jogo. São situações como essa que revelam que o amor e a bondade estão muito acima das nossas construções teóricas sobre o bom viver.

Situações como essa apenas revelam o quanto nossos princípios religiosos não funcionam diante da “santidade misteriosa” da vida, e que Deus pode revelar ao nosso coração coisas que estão acima daquilo que os “profetas” afirmaram ser “vontade de Deus”. Qual é a verdadeira vontade de Deus? Essa não seria a pergunta mais natural quando tudo aquilo que achamos conhecer como sendo essa vontade se perde diante dos horrores da vida.

A fala fictícia (não tanto) do dono do orfanato apenas confirma aquilo que muitos já disseram e ainda clamam: É preciso reencontrar o Deus que faz sentido na vida real, mesmo sendo essa vida sem sentido, para poder transformamos a nossa vida. Um Deus que não empurra princípios que precisem funcionar no nosso cotidiano, mas que ajude-nos a entender qual é o principio que podemos fazer surgir do contexto em que vivemos.

Qual era o princípio do dono do orfanato: A própria vida daquelas crianças. A vida que triunfa sobre a religião, sobre a “vontade de Deus”.

Não quero mais saber qual é a vontade de Deus, pois essa é a pergunta mais perigosa que alguém pode fazer a outro. Perguntar pela vontade de Deus implica na busca em compreender o que é certo e errado, o bem e o mal, e essa curiosidade “matou o homem”. Quero entender a vida, e de que forma posso servir a Deus nela, sem regras, sem muletas, com o olhar de quem descobre um novo mundo.

Quero novos ventos, novos tempos. Como conseguir isso? Daqui pra frente já não sei escrever.

domingo, 3 de agosto de 2008

Ausência

Aos meus queridos que visitam este humilde blog, eu gostaria imensamente de pedir DESCULPAS pela ausencia de textos postados por mim aqui. Estou num momento de correria, fazendo uma monografia, dando aula, procurando emprego e trabalhando na igreja. Nao tem sido fácil, mas espero muito poder estar mais livre nos próximos meses.

Logo estarei aparecendo,

Bom dia a todos!!!